Ainda acho impressionante como a cada thriller que leio fico cada vez mais surpresa e fascinada com este género. Quando penso que já tive conhecimento das histórias possíveis e imagináveis, aparece um novo livro que me arrebata por completo. Posso afirmar que foi exatamente isso que aconteceu com A Corrente de Adrian McKinty. Um thriller que chamou a minha atenção desde o primeiro momento que o vi, mas que pensei fosse ser daqueles que se lê e pronto, acabou vamos para o próximo. Esse foi o meu primeiro erro, não é fácil esquecer bem esta história. É verdade que este livro poderia ser muita coisa de diferente, mas é especial e incrível. Foi uma leitura inesquecível e conseguiu fazer com que eu não largasse o livro durante umas boas horas, pelo menos até terminar.
Contudo, houve um pequeno problema quando comecei a ler este livro. É verdade que quando peguei nesta história li meia dúzia de páginas e deixei a história de lado. Na altura já estava a gostar do livro, mas deixei-o de lado. Um dos principais motivos pelo qual fiz isto foi facto de não andar com paciência alguma para ler o que quer que fosse. Ora, numa altura onde o mundo estava de pernas para o ar só me apetecia fugir, todavia nem nos livros conseguia refugiar-me. A Corrente acabou por levar em cima e ficou de lado, durante semanas a fio. Até que finalmente surgiu a vontade de o ler, assim que surgiu a motivação acreditem que li o que restava dele em meia dúzia de oras.
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Adrian McKinty consegue ter uma escrita um pouco diferente do que gosto de ver em thrillers, acho um tipo de escrita menos madura para este género que tanto envolve o leitor e aborda temas tão doentios, por vezes. Apesar de não ser a maior fã desta escrita, dei por mim a admirar a sua escrita e a compreender que o livro ficou bem assim. Facilita imenso a leitura, acreditem ou não, acho que qualquer pessoa consegue ler este livro num par de horas, mesmo os não leitores. Tudo neste livro ajuda a que a leitura seja fluída, desde a escrita, ao enredo, narrativa e as personagens. Temos capítulos curtos, nada de muito exagerado e os detalhes não são muitos, facilita assim a entrada do leitor neste mundo doido.
A nossa premissa acaba por ser bem percetível só pela sinopse, muitos perderão o interesse ao ler a sinopse, eu pelo menos fiquei um pouco de pé atrás. Baixei as minhas expectativas, contudo quis na mesma ler o livro, quem sabe se não me surpreenderia. E, pronto, realmente surpreendi-me pela positiva. A Corrente de Adrian McKinty é daqueles livros que nos fazem voar pela história, viver momentos de alta pressão junto da personagem principal com o coração nas mãos. Nós pedimos que nada de mal lhes aconteça, criámos facilmente laços de carinho pelas personagens e só esperámos que o final seja bom para elas. Durante diversos momentos achei que a história não iria acabar bem, normalmente adivinho o final facilmente, contudo neste livro por breves instantes achei que o escritor iria dar-me uma facada no coração e destruir tudo.
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Porém, nem tudo é perfeito, sabemos bem que existe sempre um mas, e A Corrente não foi exceção. Se a história teve um ritmo alucinante durante grande parte do livro, as últimas páginas onde o final se aproxima achei tão apressado. É verdade que estavam todos a correr contra o tempo, mas senti que o escritor estava de certo modo a apressar as coisas. Ou então sou apenas eu que queria mais um pouco da história.
Na minha opinião A Corrente de Adrian McKinty é daquelas histórias que consegue encantar qualquer um. Tem um bom enredo, personagens credíveis e acima de tudo, um ritmo muito bom. Recomendo este livro a leitores que gostem de ação, vão realmente adorar esta história. Para leitores que não estejam de todo habituados a ler livros mais pesados e frios, talvez tenham de fazer uma ou duas pausas durante a leitura, é um livro cheio de pressão. Uma história que mexe com os sentimentos do leitor, com um enredo que nos faz querer entrar na história. Acho que Adrian McKinty poderá vir a surpreender muitos leitores.
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